domingo, 28 de junio de 2020

Cristina Buarque


Siguiendo con la serie de entrevistas hechas por otras personas, hoy les presento la primera parte de una entrevista a quien, para mÍ, es referencia absoluta en el samba, Cristina Buarque, hecha por la periodista y productora cultural, Áurea Alves.


Simplemente Cristina

Fue un honor atravesar la Bahia de Guanabara para encontrar esa mujer, de actitudes simples y una fuerte convicción en relación a su opción artística. Es una de las intérpretes de samba más importante, valorizándolo en su esencia, en la obra de sus grandes compositores, de Noel Rosa, Wilson Baptista, Geraldo Pereira hasta su propio hermano Chico, dando prioridad a lo que fue producido en torno a la escuela de samba Portela, especialmente el samba de su Velha Guarda.

Maria Christina Buarque de Hollanda, o Cristina Buarque  tiene diez discos grabados e innúmeras participaciones en otros discos. Un repertorio especialmente rico que nos trae registros importantes de la obra de compositores desconocidos, como también de compositores de la Velha Guarda da Portela, y de tantos otros que son fundamentales en la história de la música popular brasilera.

Aunque ella no se considere investigadora o responsable por proyectos, es un hecho que su nombre está asociado a trabajos importantes para y por el samba.
Participó de shows como ´O samba é minha nobreza´(2001), acompaña al grupo paulista Terreiro Grande y fue homenajeada en un disco de la Banda Glória,  también paulistas. Participa del coro que acompaña a Paulinho da Viola y, siempre que se precise, se presenta con la Velha Guarda da Portela. Está pensando en grabar un disco con sambas de Paulo César Pinheiro.

En la entrevista, nos habla de su placer en cantar lo que le gusta, de la forma que le gusta, con su nobleza y simplicidad, casi de pastora*, enseña el camino de las piedras para quien aprecie el samba.

Áurea Alves: ¿Cómo inició su carrera? ¿Cómo fue su formación?

Cristina: Mi formación fue mas o menos asi= Miucha, mi hermana mayor, tenía como hábito escuchar músicas y cantar. Nos enseñaba a hacer voces diferentes, un poco como Ataulfo Alves y las pastoras*. Nos juntábamos y cantábamos, una especie de familia Trapp (en alusión a la familia del musical de ‘La novicia rebelde’) Todo el mundo cantaba, todo el mundo escuchaba. En casa!! Algo que hice desde chica y pensaba que todas las personas lo hacían. No sabía que había gente que cantaba y gente que no cantaba, para nosotros era normal. No sé decir cuando se tornó una profesión. Participé del disco de Paulo Vanzolini (Onze sambas e uma capoeira, 1967) con 16 años. Él era amigo de mis padres. Después participé de algunos temas de los discos de Chico, pero todo así, no pensaba que era una profesión. Solo me invitaron a grabar un disco en 1974, yo ya tenía unos veinte y pocos años. Fue medio sin querer, yo no quería profesionalizarme. Estudié fonoaudiología pero no terminé, hasta porque tuve un hijo y no podía conciliar.

Cantar fue medio sin querer. No tengo una fecha exacta de cuando comencé. No festejo cincuenta años de carrera. Primero fue con 16 años, después con veinte y tantos. Realmente no me gusta cantar en shows. Me gusta cantar así, entre amigos, en un bar. Nunca me gustó el show, y si hasta ahora no me gustó, ya no me va a gustar. Me pongo nerviosa. Lo hago!! Pero me pongo nerviosa. Soy cantante hoy en día porque no sé hacer otra cosa.


Sigue el texto original


Simplesmente Cristina
Por Áurea Alves

Foi uma honra atravessar a Baia da Guanabara para encontrar essa mulher, de atitudes simples e convicção pétrea em relação à sua opção artística. Ela é uma das mais importantes intérpretes do samba, valorizando-o em sua essência, na obra de seus grandes compositores, de Noel Rosa, Wilson Batista, Geraldo Pereira ao próprio irmão, Chico, priorizando o repertório produzido em torno da escola de samba Portela, especialmente o de sua Velha Guarda.

Maria Christina Buarque de Hollanda, ou Cristina Buarque, tem dez discos gravados e inúmeras participações em discos. Um repertório especialmente rico, por trazer registros importantes da obra de compositores desconhecidos, como inúmeros compositores da Velha Guarda da Portela, e de outros fundamentais da história da música popular brasileira, como Wilson Batista, Geraldo Pereira e Noel Rosa.

Embora não se considere pesquisadora ou responsável por projetos, é fato que seu nome está associado a trabalhos importantes para o samba. Participou de shows como "O samba é minha nobreza" (2001). Atualmente acompanha o grupo paulista Terreiro Grande e foi homenageada em um disco da também paulista Banda Glória. Participa do coro que acompanha Paulinho da Viola e, sempre que preciso, se apresenta ao lado da Velha Guarda da Portela. E pensa em gravar um disco com sambas de Paulinho da Viola.

Nesta conversa, Cristina fala de seu prazer de cantar o que gosta, do jeito que gosta e, com sua nobreza e simplicidade quase que de pastora, ensina o caminho das pedras para quem aprecia o samba.

Algo a Dizer - Cristina, como iniciou a sua carreira? Como foi sua formação?

Cristina Buarque - Minha formação foi praticamente assim: Miúcha, minha irmã mais velha, tinha um hábito de ouvir músicas e cantar. Ela ensinava vocais para a gente, meio Ataulfo Alves e as Pastoras, enfim. A gente se reunia e cantava, uma espécie de Família Trapp (alusão à família do musical "A Noviça Rebelde"). Todo mundo cantava, todo mundo ouvia. Em casa! Uma coisa que eu fiz desde criança e achava que era normal toda pessoa fazer isso. Não sabia que havia gente que cantava e gente que não cantava, para a gente cantar era normal. Nem sei te dizer como foi que virou profissão. Eu participei do disco do Paulo Vanzolini ("Onze sambas e uma capoeira", 1967), com 16 anos. Ele era amigo dos meus pais. Depois, eu participei de algumas faixas dos discos do Chico, mas tudo assim: não achava que era profissão. Só fui convidada a fazer um disco em 1974, eu já com vinte e poucos anos. Então, foi meio que sem querer. Eu não tinha a intenção de me profissionalizar. Estudei fonoaudiologia, mas não fui até o final, até porque eu tive filho e não dava para conciliar.


Cantar foi meio que por acaso, não tem uma data certa. Eu não comemoro cinquenta anos de carreira. Primeiro foi com 16, depois com vinte e poucos. E mesmo porque eu não gosto de cantar em shows. Gosto de cantar assim, entre amigos, num bar. Desse negócio de show nunca gostei, e se até essa idade eu não gostei, então eu não vou gostar mesmo! Fico nervosa. Eu faço! Mas, eu fico nervosa. Eu sou cantora porque hoje em dia não sei fazer outra coisa.





2 comentarios:

  1. Es un gran placer leer esta entrevista en un blog argentino. Gracias, lo sabemos que és la música que ayuda la Humanidad a enfrentar estos días tan dificiles. Saludos!

    ResponderEliminar
    Respuestas
    1. Tan cierto, y el caminar juntos, hermanados, apoyándonos es nuestra fortaleza! Gracias por todo lo que hacés por la cultura, en especial el samba!!

      Eliminar

Sergio Cabral

Un pequeño homenaje a éste gran hombre de la cultura brasilera que partió hoy 14 de Julio. Figura importantísima para el samba en especial. ...