Siguiendo con la serie
de entrevistas hechas por otras personas, hoy les presento la primera parte de
una entrevista a quien, para mÍ, es referencia absoluta en el samba, Cristina
Buarque, hecha por la periodista y productora cultural, Áurea Alves.
Simplemente Cristina
Fue un honor atravesar
la Bahia de Guanabara para encontrar esa mujer, de actitudes simples y una
fuerte convicción en relación a su opción artística. Es una de las intérpretes
de samba más importante, valorizándolo en su esencia, en la obra de sus grandes
compositores, de Noel Rosa, Wilson Baptista, Geraldo Pereira hasta su propio
hermano Chico, dando prioridad a lo que fue producido en torno a la escuela de
samba Portela, especialmente el samba de su Velha Guarda.
Maria Christina Buarque
de Hollanda, o Cristina Buarque tiene
diez discos grabados e innúmeras participaciones en otros discos. Un repertorio
especialmente rico que nos trae registros importantes de la obra de
compositores desconocidos, como también de compositores de la Velha Guarda da
Portela, y de tantos otros que son fundamentales en la história de la música
popular brasilera.
Aunque ella no se
considere investigadora o responsable por proyectos, es un hecho que su nombre
está asociado a trabajos importantes para y por el samba.
Participó de shows como
´O samba é minha nobreza´(2001), acompaña al grupo paulista Terreiro Grande y
fue homenajeada en un disco de la Banda Glória, también paulistas. Participa del coro que
acompaña a Paulinho da Viola y, siempre que se precise, se presenta con la
Velha Guarda da Portela. Está pensando en grabar un disco con sambas de Paulo
César Pinheiro.
En la entrevista, nos
habla de su placer en cantar lo que le gusta, de la forma que le gusta, con su
nobleza y simplicidad, casi de pastora*, enseña el camino de las piedras para
quien aprecie el samba.
Áurea Alves: ¿Cómo
inició su carrera? ¿Cómo fue su formación?
Cristina: Mi formación
fue mas o menos asi= Miucha, mi hermana mayor, tenía como hábito escuchar
músicas y cantar. Nos enseñaba a hacer voces diferentes, un poco como Ataulfo
Alves y las pastoras*. Nos juntábamos y cantábamos, una especie de familia
Trapp (en alusión a la familia del musical de ‘La novicia rebelde’) Todo el
mundo cantaba, todo el mundo escuchaba. En casa!! Algo que hice desde chica y
pensaba que todas las personas lo hacían. No sabía que había gente que cantaba
y gente que no cantaba, para nosotros era normal. No sé decir cuando se tornó una
profesión. Participé del disco de Paulo Vanzolini (Onze sambas e uma capoeira,
1967) con 16 años. Él era amigo de mis padres. Después participé de algunos
temas de los discos de Chico, pero todo así, no pensaba que era una profesión.
Solo me invitaron a grabar un disco en 1974, yo ya tenía unos veinte y pocos
años. Fue medio sin querer, yo no quería profesionalizarme. Estudié
fonoaudiología pero no terminé, hasta porque tuve un hijo y no podía conciliar.
Cantar fue medio sin
querer. No tengo una fecha exacta de cuando comencé. No festejo cincuenta años
de carrera. Primero fue con 16 años, después con veinte y tantos. Realmente no
me gusta cantar en shows. Me gusta cantar así, entre amigos, en un bar. Nunca
me gustó el show, y si hasta ahora no me gustó, ya no me va a gustar. Me pongo
nerviosa. Lo hago!! Pero me pongo nerviosa. Soy cantante hoy en día porque no
sé hacer otra cosa.
Sigue el texto original
Sigue el texto original
Simplesmente Cristina
Por Áurea Alves
Foi uma honra
atravessar a Baia da Guanabara para encontrar essa mulher, de atitudes simples
e convicção pétrea em relação à sua opção artística. Ela é uma das mais
importantes intérpretes do samba, valorizando-o em sua essência, na obra de
seus grandes compositores, de Noel Rosa, Wilson Batista, Geraldo Pereira ao
próprio irmão, Chico, priorizando o repertório produzido em torno da escola de
samba Portela, especialmente o de sua Velha Guarda.
Maria Christina Buarque
de Hollanda, ou Cristina Buarque, tem dez discos gravados e inúmeras
participações em discos. Um repertório especialmente rico, por trazer registros
importantes da obra de compositores desconhecidos, como inúmeros compositores
da Velha Guarda da Portela, e de outros fundamentais da história da música
popular brasileira, como Wilson Batista, Geraldo Pereira e Noel Rosa.
Embora não se considere
pesquisadora ou responsável por projetos, é fato que seu nome está associado a
trabalhos importantes para o samba. Participou de shows como "O samba é
minha nobreza" (2001). Atualmente acompanha o grupo paulista Terreiro
Grande e foi homenageada em um disco da também paulista Banda Glória. Participa
do coro que acompanha Paulinho da Viola e, sempre que preciso, se apresenta ao
lado da Velha Guarda da Portela. E pensa em gravar um disco com sambas de
Paulinho da Viola.
Nesta conversa,
Cristina fala de seu prazer de cantar o que gosta, do jeito que gosta e, com
sua nobreza e simplicidade quase que de pastora, ensina o caminho das pedras
para quem aprecia o samba.
Algo a Dizer -
Cristina, como iniciou a sua carreira? Como foi sua formação?
Cristina Buarque -
Minha formação foi praticamente assim: Miúcha, minha irmã mais velha, tinha um
hábito de ouvir músicas e cantar. Ela ensinava vocais para a gente, meio Ataulfo
Alves e as Pastoras, enfim. A gente se reunia e cantava, uma espécie de Família
Trapp (alusão à família do musical "A Noviça Rebelde"). Todo mundo
cantava, todo mundo ouvia. Em casa! Uma coisa que eu fiz desde criança e achava
que era normal toda pessoa fazer isso. Não sabia que havia gente que cantava e
gente que não cantava, para a gente cantar era normal. Nem sei te dizer como
foi que virou profissão. Eu participei do disco do Paulo Vanzolini ("Onze
sambas e uma capoeira", 1967), com 16 anos. Ele era amigo dos meus pais.
Depois, eu participei de algumas faixas dos discos do Chico, mas tudo assim:
não achava que era profissão. Só fui convidada a fazer um disco em 1974, eu já
com vinte e poucos anos. Então, foi meio que sem querer. Eu não tinha a intenção
de me profissionalizar. Estudei fonoaudiologia, mas não fui até o final, até
porque eu tive filho e não dava para conciliar.
Cantar foi meio que por
acaso, não tem uma data certa. Eu não comemoro cinquenta anos de carreira.
Primeiro foi com 16, depois com vinte e poucos. E mesmo porque eu não gosto de
cantar em shows. Gosto de cantar assim, entre amigos, num bar. Desse negócio de
show nunca gostei, e se até essa idade eu não gostei, então eu não vou gostar
mesmo! Fico nervosa. Eu faço! Mas, eu fico nervosa. Eu sou cantora porque hoje
em dia não sei fazer outra coisa.
Es un gran placer leer esta entrevista en un blog argentino. Gracias, lo sabemos que és la música que ayuda la Humanidad a enfrentar estos días tan dificiles. Saludos!
ResponderEliminarTan cierto, y el caminar juntos, hermanados, apoyándonos es nuestra fortaleza! Gracias por todo lo que hacés por la cultura, en especial el samba!!
Eliminar