Hoy voy a contar sobre el Blog Cantinho do Nermal de un amigo, Artur de Bem, otra referencia en mi camino de estudio.
El foco es samba y
choro de Florianópolis, en particular y de todo Brasil, en general. Comenzó en
2006, escribía asiduamente, paró un tiempo y recientemente volvió, lo que me
puso super felíz!
Y justamente volvió con
un texto que escribió en 2011 sobre el álbum Peso é peso, del querido Tuco
Pellegrino y Batalhão de Sambistas, pero
que nunca había sido publicado.
Les dejo el texto
original. Busquen el blog.
Cantinho do Nermal.
Respeito, admiração,
louvor e gratidão. É assim que o samba é tratado por Tuco e o Batalhão de
Sambistas, expoentes da atual cena do samba da Paulicéia.
Formado por sambistas
que cultuam a tradição do samba de terreiro, mas que bebem na escola do choro e
amam e valorizam os grandes sambas da Era de Ouro da nossa música popular, o
Batalhão, capitaneados pelo excelente intérprete Tuco, se prepara para lançar
seu primeiro CD, “Peso é Peso”, gravado ao vivo nos dias 27 e 28 de fevereiro e
que contou com as luxuosas participações de Monarco, Nelson Sargento e Cristina
Buarque.
Fernando Pellegrino, o
Tuco, foi fundador do extinto Morro das Pedras e também do Terreiro Grande,
onde atua como cantor e cavaquinista. Foi nas rodas de samba que aprendeu a
cantar em alto e bom som, no gogó, como se fazia no passado com nomes como
Ventura, Noel Rosa de Oliveira e Jamelão. Suas interpretações também nos
remetem a grandes nomes das rádios dos anos 30 e 40 como Francisco Alves,
Roberto Silva e Ciro Monteiro.
Criado neste ambiente
informal, foi pelas rodas de samba da vida que conheceu os outros integrantes
do Batalhão, todos sambistas estudiosos que aprendem com muito afinco o que os
mestres do samba deixaram.
“Peso é Peso”, o
primeiro disco de Tuco, é fruto de anos de muita pesquisa e dedicação. Foram
anos passados em sebos, rodas de samba, convivendo com alguns dos maiores nomes
do ritmo mais tradicional do Brasil: Monarco, Nelson Sargento e Cristina
Buarque foram importantes fontes para o repertório do disco.
Assim como do acervo de
José Ramos Tinhorão, disponível para consulta no Instituto Moreira Salles,
vieram outras “brasas” pouco conhecidas. Um disco com tantos sambas inéditos de
nomes como dos portelenses Paulo da Portela, Manacea, Aniceto da Portela,
Mijinha, Licurgo, Antônio Caetano, Picolino, Monarco, Chatim, Lincoln e Alberto
Lonato; de sambistas da turma de Mangueira de estirpe de Zé Ramo
s, Nelson
Sargento, Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito; e de imperianos do quilate de
Antenor do Império e Silas de Oliveira, é mais do que um simples registro
fonográfico, é um documento histórico.
E se a história se faz
pelos fatos de um passado que já foi presente e que é justamente o que estamos
vivendo agora, este documento musical não poderia ter músicos tão bem
escolhidos. O respeito aos antigos compositores, intérpretes, instrumentistas e
arranjadores do passado faz com que arranjos das músicas, feitas por Tuco e João
Camarero, sempre privilegiem sua roupagem original, sem limitar a criatividade
e improviso dos músicos envolvidos nesta obra.
O álbum deverá ser
lançado no início de setembro e os shows de lançamento contarão com a presença
de Monarco e Nelson Sargento e Cristina Buarque participantes ilustres do
disco.
Ficha Técnica: Direção
Musical: Tuco e João Camarero Produtor Fonográfico: Tuco Produtora Executiva:
Noeli Pellegrino Voz: Tuco Violão 7 cordas: João Camarero Violão 6 cordas:
Junior Pita Cavaco: Lucas Arantes Surdo: Donga Pandeiro: Beto Amaral Pandeiro,
caixa , agogô, tamborim e reco-reco: Rafael Toledo Tamborim e agogô: Jorge
Garcia Cuíca, tamborim, agogô: Alfredo Castro Coro masculino: Rafael Loré,
Fernando Paiva e Janderson Buiú Coro feminino: Cristina Buarque, Francineth,
Keila Santos Participações especiais: Monarco, Nelson Sargento e Cristina
Buarque.
O Grupo Batalhão de
Sambistas foi formado por amigos com o mesmo gosto musical. Por serem músicos
de grande versatilidade e amantes do samba, seja ele “samba de quadra” ou dos
“salões”, exaltam em suas apresentações os grandes mestres deste gênero
musical. Eles também priorizam sempre o formato original das canções, buscando
dessa forma tratar cada samba apresentado, com toda reverência e o respeito que
o samba merece.
Apesar de se tratar de
um grupo que canta sambas antigos, pouco conhecidos ou até mesmo inéditos
desses ilustres compositores, não significa que não tenham olhos e ouvidos para
o presente. Mas a lição do passado é sempre a mais forte diretriz, já que foram
eles que escreveram a história. Sendo assim, o grupo Batalhão de Sambistas e o
cantor Tuco procuram manter a melhor forma possível de preservar e enaltecer a
verdadeira essência do que se faz.
Cada integrante na sua
particularidade tem uma história musical, são diversas fontes e gêneros da boa
música. Entre eles, a vertente principal é representada pelo samba e seus
grandes mestres instrumentistas, tais como: Bide, Marçal, Ismael, Jorginho do
Pandeiro, Buci Moreira, Raul Marques, Dino 7 Cordas e Canhoto. Os inúmeros
registros das velhas-guardas das escolas como Portela, Mangueira, Estácio,
Salgueiro e outros. Com isso, transparece de forma harmônica a perfeita
sintonia entre eles, desde o apito inicial até a última marcação.
Dentre os gêneros
comentados anteriormente, o choro também tem uma forte influência junto ao
Batalhão, pois quase metade dos seus integrantes, fazem parte dessa escola,
formando um “regional” firme, na junção das harmonias e batucadas, uma cadência
que se transforma em uma ardente chama para que Tuco entoe o seu canto.
Senhoras e senhores: Tuco Pellegrino e Batalhão de Sambistas!
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